Sete
Sete tiros na cabeça, Sete cordas no violão.
Sete dias na semana, Sete palmos abaixo do chão.
Rápido, na contra-mão, no beco sem saída,
Na ida, escorregando nesse sangue de ladrão,
Como um poema na escuridão, sorrateiro.
Calado, no frio e na fumaça, desviado,
Na madrugada, embalado no som e silêncio,
Das estradas, embaçadas de longe com as luzes,
Ofuscadas, e agora já não é mais madrugada.
Sete horas da manhã, Sete cigarros queimados,
Sete orgasmos de Satã, Sete horas caladas.
Sete, por aquele que é o lodo das calçadas
Scar Unseen