Sete

Sete tiros na cabeça, Sete cordas no violão.

Sete dias na semana, Sete palmos abaixo do chão.

Rápido, na contra-mão, no beco sem saída,

Na ida, escorregando nesse sangue de ladrão,

Como um poema na escuridão, sorrateiro.

Calado, no frio e na fumaça, desviado,

Na madrugada, embalado no som e silêncio,

Das estradas, embaçadas de longe com as luzes,

Ofuscadas, e agora já não é mais madrugada.

Sete horas da manhã, Sete cigarros queimados,

Sete orgasmos de Satã, Sete horas caladas.

Sete, por aquele que é o lodo das calçadas

Scar Unseen

Sir Matthew
Enviado por Sir Matthew em 20/01/2018
Código do texto: T6231011
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