Renovação

Uma folha de seda escrevi seu amor...

Depois de muito tempo percebí que a folha de papelão traduziu seu amor em verdadeira ilusão...

É se amar num espelho sem se refletir, o amor passa em seu cheiro mergulha e volta parecendo ser seu este perfume...

Quando escrevi seu verso de amor, as letras tremiam e as linhas sinuosas ficaram...

Hoje percebo que é seu verso, pois sua frente é desilusão, tristezas e contemplação á uma flor de plástico que muitas vezes reguei com água pura, cristalina de uma vertente astral...

O que fazer de tal miragem duradoura assim, essa sede que saciei de mim e só de mim transbordou...

Esses sucos invisíveis que somente o tempo filtra e nem percebemos o lamaçal em seus leitos...

E ainda do vaso plantamos um sorriso que cresce um abrolho e em nossos olhos pintamos pétalas em seus caules espinhosos...

Mas os sonhos não acabam, nem suas realidades...

Os pensamentos se tornam imortais nesta mortalidade de ações e desprezo...

E o rico amor estabelece fronteiras, todas abertas sem distinções...

Nada se fecha tudo é aproveitado, cada segundo, cada momento e cada esperança...

Não que volte, mas que se renove, sem dor...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 21/01/2018
Código do texto: T6232303
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.