A PLUMA E A VIDA

Chagaspires

A pluma se desprende e sempre que cai no chão, açoitada pelo vento voa sem ter direção.

Começa então uma odisseia; um caminho a percorrer, aonde a pena vai subindo sem ter como descer.

Sendo açoitada pela corrente a pluma segue adiante. Voando sem paradeiro pelas ruas da incerteza à pluma desnorteada tem vislumbres de riqueza.

Segue voando por lugares coloridos regados pela paixão. Outras vezes inóspitos repletos de ilusão.

Voando aqui e ali, ela segue sem ter prumo, pela vida vai voando procurando um novo rumo.

Então em certo tempo o vento deixa de soprar e a pluma sobre a força do tempo começa a rodopiar. Vai caindo de mansinho sem ter como voar.

Das alturas despencando como chuva de verão, e toda desengonçada se esparrama pelo chão.

Permanece ali parada sem ter mais animação e perdendo a consciência termina sua missão.