Querido deus. Você me encolheu ... Confissões de um veneno perturbado

Estou, ao lado

De folhas gigantes, de rosas esculturais

De insetos falantes e alados

De formigas que só trabalham

De intrigas que as vespas espalham

De besouros que amedrontam o pobre rapaz

E onde estão todos os deuses que me abandonaram???

Cá estou, com o meu veneno perturbado

Eu fui encolhido e agora resisto

No sereno, culpado

Eu não sou o mais inteligente,

Mas então eu penso, penso, penso...

E é excepcional

Não faço mais que a obrigação

Querido deus

Quem sou eu

Estou do mesmo tamanho que aranhas, grilos, lagartos,

Por causa de uma igualdade fedida

Você me encolheu

Eu não posso lutar se só penso em sobreviver

Você me venceu