Incansáveis olhos

A cada manhã eu emudeço

Perco as chaves, perco o fôlego

Por um resquício de poema

Por uma inusitada beleza

Um aroma de vida

Um abraço de natureza

Enquanto meus olhos

Meus incansáveis olhos

Saltam pela janela

Tentando decifrar o mistério

Daqueles flocos de neve

Se despedindo de mim

Com olhares místicos de adeus

Num silencio tão discreto

Numa ternura tão frágil

E uma vida tão breve

celso Freitas
Enviado por celso Freitas em 21/02/2018
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