Coisas Nuas

Seja todo o bem e o bom que vier, e algumas vezes feche os olhos e sinta, não olhe simplesmente.

Passaremos pelas tristezas, se houverem, com cabeças erguidas, bem simples e fortes a correr atrás das borboletas tentando aprender voar.

Quando o inverno chegar e esfriar, logo passará e teremos alguns verões...

Não te lembras do castelo? Construí da areia que vem das fontes doces... Ainda está lá, não desabou mesmo quando meus olhos aflitos se fecharam aos campos.

E se as águas que subiram aos céus trazendo chuva

não te pareciam sinfonia quando caiam nos telhados foi por não ouvires o chamado harmônico das águas.

Em pesadelos vi teus medos, e em cada pétala lá fora a brotar vi um silêncio que tentava esconder-se em nosso jardim, então plantava todas as flores que achava na beira da estrada para criar uma fortaleza, um campo florido onde o medo e o silêncio são abatidos antes mesmo de chegarem.

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 08/03/2018
Reeditado em 09/03/2018
Código do texto: T6274303
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