DÓCIL ÓCIO

DÓCIL ÓCIO

Autor José Mauro Cândido Mendes

No dócil ócio do meu ofício

O estar na Fazenda é um deleite sem fim:

Acordar bem cedinho e ver o Sol raiar

Detrás daquele morro

É ouvir o som melodioso de um

Sabiá nas grimpas da mangueira

O cantar estridente de pássaros-preto no seio

Dos bambuzais

O cantar do galinho sobre a porteira

O relinchar equíneo pelo corredor do piquete

E vacas leiteiras a murgir no curral da ordenhadeira

O dia moroso se vai bem devagarinho

E no balançar da rede na varanda

Observo atento o Sol se pondo

Lentamente no horizonte avermelhado