REFLEXÕES SAUDÁVEIS

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“O povo unido jamais será vencido”.

(Sabedoria Popular).

“O pulso ainda pulsa”.

(Arnaldo Antunes).

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REFLEXÕES SAUDÁVEIS

Umas reflexões saudáveis,

sobre a doença da saúde comunitária,

trazem reações louváveis,

se unidas à crença na virtude solidária.

Uma situação de precedentes preocupantes,

aqui e agora, será exposta e comentada.

Toda a omissão dos negligentes governantes

obterá, na hora, uma resposta adequada.

Quem julgar solidários profissionais de saúde,

com alguns critérios passionais,

sem contestar os mandatários, sempre se ilude

com os mistérios que há por trás

dos atendimentos atuais e, além disso, amiúde,

pode acatar deletérios e oficiais

fingimentos de quem é capaz dum rebuliço rude.

Esse fatal erro tático,

amplamente divulgado,

terá um desterro prático,

ansiosamente esperado,

quando muitos médicos e pacientes,

a imprensa, a justiça e os sindicatos trabalhistas,

retrucando as críticas maledicentes,

conterem a cobiça de uns desacatos anarquistas

dos gestores da saúde pública e privada,

cobrando adequadas condições de trabalhos,

dos grupinhos politiqueiros,

desmascarando umas articulações dos falhos

e sonsinhos encrenqueiros,

contaminados pelos interesses pessoais,

usados, muitas vezes, por uns “radicais”,

desarticuladores dos conselhos de saúde,

manipulados pelos “fregueses especiais”,

corrosivos, com dinheiro e sem virtude.

Num setor patético de urgência-emergência atual,

onde a definição do prognóstico é bem grave,

todo trabalhador médico só precisa ter, em geral,

a impressão diagnóstica, sem nenhum entrave

ao atendimento que prioriza um fato emergencial.

Assim como a urgência médica

é diferente de uma avaliação ambulatorial,

será uma impertinência maléfica

qualquer paciente fazer uma questão banal

de exigir algum diagnóstico firmado,

sem avaliação ambulatorial devida,

e o prognóstico ficar muito mais complicado,

numa agitação “infernal” instituída,

num posto de urgência completamente lotado.

Na atuação emergencial bem definida,

se algum prognóstico não se tornar agravado,

por desatenção, e o profissional não olvida

de orientar os pacientes e acompanhantes,

sobre as situações críticas dos mesmos,

os que bancarem “valentes” ou arrogantes

e exagerarem nas críticas com tenesmos

histéricos, serão responsabilizados juridicamente,

por perdas financeiras, danos morais,

pelos médicos bem respaldados profissionalmente,

em uns setores insanos emergenciais.

Se uma investigação policial tem um suspeito

e faz a diligência investigatória, na meta

de uma conclusão imparcial, e sem um defeito,

ela traz a ocorrência da história completa.

Se um policial, numa perseguição a um meliante,

evita perder tempo desnecessário na labuta,

o bom profissional de saúde não perde um instante

e elabora logo um sumário de uma consulta

para o atendimento emergencial devido.

Atuante e bastante solidário, ele nem escuta

um xingamento passional sem sentido.

O setor de ambulatório diagnostica

o sofrimento e não deve ter limitações

no fator investigatório. Quem critica

médicos “urgentistas”, só terá razões

se tais profissionais forem considerados

antiéticos e comodistas nas funções

para as quais só atuam mal remunerados.

Políticos que desviaram a CPMF,

e não a usaram para a melhoria da saúde comunitária,

são fatídicos:praticaram um blefe

e contaminaram aquilo que seria uma virtude solidária.

Se isso for muito bem pensado,

os profissionais de Medicina e de Enfermagem,

no rebuliço astuto “oficializado”,

recuperarão, em paz, a sina de uma boa imagem.

Trabalhadores de saúde e pacientes

são infortunados pela mesma problemática.

Unidos, eles quebrarão as correntes,

serão liberados de toda e qualquer antipática

lista de uma agressão mútua

e verão responsabilizados, de forma enfática,

todo o egoísta que só escuta

o que interessa a si mesmo.

Defendo a oportunidade única

de modificar o que já vi a esmo,

refazendo a dignidade pública.

Querendo o bem de uma saúde para todos,

como é o dever e a obrigação do Estado,

repreendo quem se ilude com os engodos,

que a prosa sem inspiração tem divulgado,

vendo a agonia da saúde nos mesmos lodos

onde a nossa Constituição tem se afogado.

Quem pensar bastante e, organizadamente,

agir contra o estorvo social, o rebuliço da doença,

pode comprovar a um governante negligente

que o povo não é, afinal, omisso como ele pensa...

Paulo Marcelo Braga

Belém, 09/08/2007

(23 horas e 04 minutos).