POEMA INACABADO

No ápice da emoção,

enquanto vivia uma ilusão,

o poeta, num repente, sem rodeios

foi arrancado de seus devaneios.

Aos poucos sua inspiracão ia se calando

e seus indignados versos,

que numa vã tentiva, iam revidando

sucumbiam, abatidos pelo desânimo.

As palavras amordaçadas, debatiam-se

em movimentos espásticos em seu pensamento,

como se asas fossem de um morimbundo sisne

na disritimada dança de sua morte.

E ali... caído no chão da desesperança, arrasado,

morreu seu poema em silêncio... inacabado...

Márcia da Costa Larangeira
Enviado por Márcia da Costa Larangeira em 15/03/2018
Código do texto: T6280813
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