Nudez do Tempo
 
Se um dia caminhei a aridez do trigo, a nudez desértica do tempo, a noite sem estrelas... se por um momento me curvei ao perfume dos charcos, ao inerte da estrada, às escarpas do medo... é que ainda não havia descoberto horizontes, nem compreendido o silêncio das sementes e as dádivas de luz na palma da mão...