Genki dama de interior

Durante um tempo

Lutei contra mim/mesmo

Declarei guerra às minhas irregularidades,

contra todo um desejo

Em busca de uma daninha vaidade, que cala-bocas

e era o meu aceitar

E eu acreditava

Que a mão que em mim mandava

Era minha própria mão

Não poderia apontar para mais ninguém

Se estava em mim a falta, um coágulo

de incompreensão

Causado pelo medo

Pela vergonha

Pelas tantas vergonhas inúteis

Que a cruz e a espada

nos fazem cultivar,

Nos fazem rezar

Implorar

Por misericórdia

Por um pouco de atenção

por um deus de pedra

De joelhos

Humilhados

Por um perdão vindo do céu

A alma queimando, condenada em um papel

Então, por dentro

uma guerra civil começou

Durou anos

De trincheiras

Em minhas ruas de Ypres (Ípre)

Vozes que nunca me entenderam

Que nunca me conheceram

Se passaram por certezas, me fizeram crer

E eu, agradável, tímido e medroso

Não percebi

Que era um presente de grego

E que eu era Troia

Teve o seu auge, quando as forças opostas tentaram a vitória

Deixaram os seus esconderijos

E saíram pelo campo aberto

Exaltados, corajosos, soldados/abjetos

Donos do mundo, mas apenas comandados,

escravidão pensando ser glória

Fardados ao fardo da escória, de serem a própria guerra

Porque não entendem o que é o profundo

Ou o amor por um homem,

Tentaram me convencer

Que eu era o meu próprio inimigo

Que eles eram doutores

e não tanques

Que a minha alegria era minha tristeza

Que eu era a/própria Matrix

Que corrompi minha natureza

Então, o meu povo saiu em armas

Sua/força concentrada

Uma bola gigante de energia/se formou

Uma mão, parecia a minha, apareceu no horizonte

Apenas uma mão, infantil e branca, pequenina de perto, gigante de longe

Segurou-a com força (a Genki dama)

E/a lançou,

Dentro/do reino de meu Deus

Parecia o apocalipse!!

Parecia atômica

Mas é apenas minha crônica, que bom!!