Páginas brancas

Páginas brancas esperando tintas escorrerem em poesias.

Mas o fato é que a mente espera inspiração para correr por campos, onde se colhe versos.

Tem dias que acenam dependurados nas horas. Passam sem nada.

Tem noites que se debruçam nas janelas, para verem as luzes que elas obrigam, a se acenderem nos lares.

Palavras brincam nas linhas imaginárias da vida.

Saltam muros e caem no chão dos tímpanos que querem ouvir.

Quando silenciadas, apenas se contorcem e tal qual pétalas, soltam vogais e consoantes e nada dizem.

Permanece a página em branco.

Conceitos e teorias, verdades nuas são os sentimentos esvoaçantes.

Lapidam-se pedras preciosas das intenções e sobra o pó dos desentendimentos. Tem vezes que o solo fértil do amor, não consegue germinar sua própria semente.Talvez não haja quem as regue da forma intensa e serena como tem que ser.

Páginas em brancos são lindas de se verem, porque a nudez acicata o prazer de preenchê-las.

São toques em digitais e pensamentos.

Mas tem dias que a inspiração brinca de esconde – esconde e quem procura, cansa e desiste.

Takinho
Enviado por Takinho em 11/04/2018
Reeditado em 24/08/2020
Código do texto: T6305708
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