O BESOURO E A MALDADE

Voa coleóptero

Vai à lua e me traz um lanche

Enfado-me com o almoço de todos os dias

(aquele que me presenteia a lebre);

O tempero não me é azedo, mas não sei...

Parece faltar as tuas asas, a tua liberdade;

Espere-me para irmos juntos; caberei em teu consolo

Nossas carapaças proteger-nos-ão das espadaúdas colites

Das rãs envernizadas, com suas línguas de sangue;

Leve-me, mas não me traga de volta

Haverei de estar no cio pelas horas e instantes

Ou quiçá, ainda, estarei completando a maioridade

Saudade de ti, maldade!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 30/08/2007
Reeditado em 13/05/2008
Código do texto: T631218
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