O BESOURO E A MALDADE
Voa coleóptero
Vai à lua e me traz um lanche
Enfado-me com o almoço de todos os dias
(aquele que me presenteia a lebre);
O tempero não me é azedo, mas não sei...
Parece faltar as tuas asas, a tua liberdade;
Espere-me para irmos juntos; caberei em teu consolo
Nossas carapaças proteger-nos-ão das espadaúdas colites
Das rãs envernizadas, com suas línguas de sangue;
Leve-me, mas não me traga de volta
Haverei de estar no cio pelas horas e instantes
Ou quiçá, ainda, estarei completando a maioridade
Saudade de ti, maldade!