Em meu DNA

Se dissesse de todos os meus fantasmas

Dos monstros mais feios que vive em minha mente

Que pelas madrugadas se alimentam do meu medo

Das duras marcas frias da Solidão

Suas garras cravadas sobre os tecidos da minha carne, dilacerando-me os nervos

Rompendo os tendões e quebrando a punho cada frágil osso do meu corpo

Assim que ela entra por dentro de cada célula minha, está pregnada no meu DNA

Marcada como uma maldição;

Como se... Eu vagasse por mim e não me reconhecesse mais

É isso que a Solidão de uma alma sozinha faz abraça o vento e dá as suas mãos ao acaso

Que de um beijo solitário afaga seus lábios gélidos de morte

Um fio de penumbra dançante pelas relvas, tocando à grama verde musgo, cheia de lodo

Cobrindo as flores de inverno com uma camada de melancolia tingida de cinza

Nunca me senti tão sozinha, estando cada parte minha morta, e a vida insistindo em soprar e soprar...

Até que ela não mais me encontre por aqui tocando essa marcha fúnebre e afogando minha rimas em um copo frio de cianeto.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 18/04/2018
Código do texto: T6312426
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