Lady Relâmpago

Um poema rebuscado que espera ser lido. Tantos copos de espera retribuídos violentamente com gritos e arquejos embriagados de pânico e desespero. As belas batidas que percursionam os seus gritos passionais recebidos como o gutural rugido enraivecido do natural. O rosto desmancha-se em mágoas sentidas em relação aos olhos e ouvidos ignorantes perante ao belo autêntico. Doce luz enegrecendo o açúcar da solidão. A realeza estética que sapatilha sobre terras nuas e virgens. Esfarela arquiteturas e engenharias. As exibições mais banais de controle e segurança limitam seu poético caos. Sua fúria sedutora. Seu pálido falar.

O toque tão frio. Tão doce. Tão doloroso. Tão inflamado.

Minha querida, por que você insiste em se esconder seu brilho e seu poder nas mais densas nuvens? Um forte raiar capaz de rasgar a estável escuridão e libertar os olhos da perdição como peixes enlameados sendo jogados de volta para a água. Um fresco aroma de fogo branco. Tira - me do sono, como também salpica meus sonhos.

Minha libertação. Minha salvadora. Minha Virgem Maria. Tua luz é a purificação do meu espírito. Queima minha carne impura, relegando-a ao Reino do Pó.

Por isso peço - te.

Desça dos seus céus.

Olhe para mim.

Toque - me com seu dedo.

E leve - me com você.

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 25/04/2018
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