A Cor de Deus

O lençol negro que cobre a noite fala aos ouvidos da branca pétala que jaz adormecida, e ao longo do tempo dará uma cor marrom a terra fértil onde brota o silêncio do saber.

Luminescência,

ainda não vimos a cor do plural e do verbo, e desde o início nossos corações estão partidos e repartidos como se suas batidas não se identificassem nas almas que nos movem. Somente vimos a cor do nevoeiro cinzento.

A cor da Onipotência... Viram?

A cor da Onipresença, acaso viram? E o sexo dos anjos, viram? Então, não falem nada. Calem-se.

Foi dada aos filhos e a todos os filhos dos filhos as cores das dúvidas do início, mas estas percorrem os corredores do meio sem fim que observamos em confrontos inúteis

Por que haveríamos de nos preocuparmos com as cores, posto que todas elas lembram brotos do caule firme, sendo a alma das flores a própria Luminescência?

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 14/05/2018
Reeditado em 12/07/2018
Código do texto: T6335926
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