Lagarta no teto

Quantos bichinhos de luz, ávidos, sobrevoando as sôfregas lâmpadas que clareiam meu caminho. Prenúncio de chuva – é a natureza que se renova eufórica, entorpecendo nossos olhos. Mas ainda assim prefiro a lagarta sossegada que dorme à minha porta. De uma lagarta rústica nascerá uma borboleta pequena e delicada, e bem em cima da minha porta.

– Vou contemplá-la todos os dias, minha frágil inquilina, até que você esteja pronta, até que saia cintilando liberdade pelo mundo.

Escrita em 01/09/07.

Joyce Amorim
Enviado por Joyce Amorim em 02/09/2007
Reeditado em 24/10/2007
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