Flor de Jasmim

Flor de Jasmim:

Quando criança, não permanecia no chão.

Pudera...

Era uma águia...

Com longas asas que voavam

na imensidão.

Ficava sempre acima da nuvens...

Contemplava os flocos brancos que

mais pareciam algodão.

Quando cansava, plainava com voos

rasantes...

em instantes estava no chão.

Todo dia alçava voo de um morro

chamado Xanxerê...

Em busca de não sei onde e nem

sei o que.

Um dia em um voo mais longo, pousei

em uma praça. desconhecida para mim...

Mesmo com minhas longas asas pousei

em um pé de jasmim.

No banco da praça, uma linda Deusa...

daquelas que os poetas as chamam de

preferida dos Deuses. Seu sorriso inebri-

-ante chegou até mim.

Hoje com as asas cansadas...

Vez em quando alço voo até o distante

pé de jasmim.

A procura da Deusa, dona dos lindos olhos

que fitaram em mim.

O aroma inconfundível da planta não me deixa

esquecer...

Já não lembro se no amanhecer ou no anoitecer...

Daqueles olhos que fitaram meus olhos...

Dos olhos que namoraram meus olhos...

Olhos que entrelaçaram meus olhos...

Olhos que procuram esses olhos...

Do qual jamais vou esquecer...

Alfredo Lopes Brochado.

Lopes Alfredo
Enviado por Lopes Alfredo em 30/05/2018
Código do texto: T6350693
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