ALMA MINHA, TÃO LEVE, SUTIL E AIROSA
Minha alma que sutis refúgios me oculta
Quando a sondo e perscruto a sua essência,
Sem saber como nela entro e nem aonde
Procurar motivos que meu ser procura?
Que delicados ardis serão todos esses
Que, engenhosos, capazes e argutos,
Surgem na consciência com tantos reveses
Que ocultam os mais ousados e astutos?
É que as almas têm essa tamanha vantagem
De se encontrar com o oceano da mente
Sem ser cativa do seu mistério absoluto...
Julgo ser dever observar e ser coerente
Como Espinosa diz em seu princípio profundo;
A alma foi a maior proeza do Criador do mundo,