Para nunca mais II
A música que não tocou já terminou. A criança que não nasceu já morreu. A escuridão espalha seus tentáculos sobre a superfície muito clara de um mundo inexistente.
O céu mostra-me desenhos de nuvens que eu não posso tocar. Minha razão inscreve em meu ser coisas que jamais saberei. As significações dançam perante meus olhos como se fossem borboletas em um jardim.
Acho que agora já não há nada para ir e vir, para procurar e evitar. Sinto minha vida como um lapso no tempo ... parece que nunca chegarei a lugar algum.