Ela? Eu? Quem era ela? Eu?

Ela, sempre sonhou demais, sempre esperou por príncipes e finais felizes acreditando no então “Destino”. Tola! Inconscientemente você pode estar julgando-a, ela mesma entre a imaginação e a realidade se chamou de tola inúmeras vezes, entretanto, era da sua essência acreditar que no mínimo merecia ser feliz e por isso independente das lágrimas que molhassem sua face seguia, pois parar nunca foi uma opção.

Ela, sempre aceitou as coisas como viam de tanto aceitar mal percebeu quando deixou de perceber se realmente o que acontecia era realmente o que queria ou resignação por achar que era o que merecia.

Mas a vida é um eterno caminhos de percas e reencontros, então, certo dia, simplesmente nos reencontramos, Ela, Eu, tão nós e tão eu e ela. E lá estava Ela, refletida no vidro de uma exposição que servia de base para uma obra que transmitia um olhar de curiosidade estática diante do enfim reencontro.

A princípio, me indaguei: Quem é ela? Ela de olhos tão tristes e semblante tão cansado? Por um momento imaginei que Ela estava me indagando também, mas de repente, como se fosse um eco interno uma voz me gritou: Não! Ela está contemplando-a na vã tentativa de descobrir onde o Eu se perdeu e tornou-se Ela... A desconhecida...

Eu que um dia acreditei mudar um mundo, cheia de opiniões e reflexões. Eu com os milhares de sonhos para vivenciar, paisagens para descobrir e estradas para caminhar. Eu, Eu simplesmente me perdi de mim e me deixei ser Ela...

Ela, a filha que queriam que eu fosse...

Ela, a profissional dedicada e comprometida... Sem horários á disposição....

Ela, a mil em uma e mesmo assim tão só...

Reencontros como esse podem ser épicos ou trágicos, diante da constatação da importância do momento se fez o silêncio e o reconhecimento interno de nós. Dizem que quando estamos morrendo temos uma breve sinopse de nossas vidas, pois bem, era como se a minha a dela, a nossa vida passasse por um flash.

Não! Nós não morríamos, neste momento... Renascíamos! Pois aos poucos tomávamos consciência que Ela, Eu, éramos uma só e que nos perdemos na tentativa de agradar os outros e seguir padrões que nos eram impostos, sem ao menos discutirmos. Do reencontro veio a pergunta seguiremos juntas Ela na busca de reencontro o Eu verdadeiro? Isso só o tempo irá dizer, o importante é que as rédeas para retomar o Eu foi retomada e que inicie-se a busca pela essência sem querer espelhar as vontades alheias.

Eu, Ela, bem poderia ser você!

Letícia Alves
Enviado por Letícia Alves em 27/06/2018
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