descobertas
seria a morte o fim?
o começo?
algo que fica no meio do imaginário?
seria a vida o tudo?
o nada?
algo que fica além de qualquer meio?
seriam vida e morte coisas pra se ter medo?
seria o medo o que nos empurra?
a coragem de deixar a vida correr?
impalpável, invisível?
E chegando, leve
Aproximando, silenciosa, quase despercebida
Com passos rápidos, mas suaves
Vem a tristeza do que não fiz
Vem a desesperança do que não quis...
Vem a lembrança dos sonhos
Dos desejos, das desistências
E a certeza de que o tempo é cada vez mais curto...
Que a cada dia me ponho mais perto do fim
Mais longe do que poderia / deveria ter feito...
Dos livros que queria ter escrito,
Das músicas que queria ter cantado...
Dançado...
Composto...
Fecho os olhos e ainda vejo o sonho,
Já meio apagado, distante, incompleto,
quero encontrar culpados pelo que deixei passar...
Não quero voltar no tempo, quero ter mais tempo...
Quero, enfim, descobrir
que posso, que vivo que não tenho dúvidas ou medos.