Segui sem rumo, perdi-me nos confins em um longínquo ermo, desprotegido e inseguro vendo o perigo bem de perto, severos tremores pelo corpo, olhos enormes, sem um portento esconderijo, senti um esmorecimento e desmoronei de medo.
Rezei e implorei um socorro. O escuro tenebroso, um breu horrendo, sibilos de reptéis , o cri, cri dos grilos, morcegos em nuvens, e eu sucumbido, morto vivo.
Num repente, surge um vulto esquisito, vestido de preto, rondou, investigou todos os pontos, soltou uns urros imensos e sumiu. Respirei fundo, despertei do sonho tremendo como motor em movimento.


Interação da poetisa Norma Silveira


Vou escrever
 Sem esquecer
 Os pormenores
Fiquei com medo
Do escuro e vultos
Encontrei o rumo
Fui contigo
Pelo caminho
Cheguei logo
Fui dormir
Fim do sonho
De puro terror
Tudo se foi
Estou livre