AS PRIMEIRAS ESTRELAS
Há uma árvore
Ele observa o horizonte
É fim de tarde
Está só
O coração dói demais
Não foi feito para aguentar
E como sofre por amor
Olha o galho
O Sol não há
Nem palavras de afeto
Ele diz adeus aos passarinhos
Que ali não estão
Sopra o vento sua esperança
Beija-lhe a face num gesto fúnebre
E feito criança chora
Sente necessidade de não existir
Num laço perfeito
Ele que tanto sonhou
Que tanto aguentou
Pula!
Seu corpo balança
Enquanto choram pétalas de flores
E ele agora livre
Vê as primeiras estrelas
E dorme em paz.