A Cidade é Minha

Estou nadando sobre tudo que eu sou

Agora estou submerso sobre tudo que eu fui

Meus sonhos são como poesias

Meus sonhos são como magias

Estou em cima de mim mesmo

Estou dançando sozinho numa cidade vazia

A cidade que eu desejei

E percebi que o vazio é mais vazio do que eu imaginava

Guardei os fogos para me comemorar, mas eu perdi

Não servi a vodka cara, por que sim, eu perdi

Me deixei perder, por mergulhar demais em mim mesmo

Deixei que a vodka me fizesse rir da minha derrota

Sem pontos sem vírgulas ainda há muito sobre mim que nem eu mesmo sei

Sem regras eu saberei, pois haverei de ter quebrados todas

Sem ritimos pois haverei de ter dançado todos

E será sem luz, pois eu iluminarei tudo

Sem medo pois eu serei o terror

Eu serei o terror, a luz, o medo, a agonia de mim mesmo

A cidade é minha, pois a luz do sol ainda não a iluminou

Ouço um sino soar me chamando

Acorda pois essa cidade tem donos

Os donos como eu, assistem a derrota em cima do muro

Eu percebo e apenas me atiro

Me atiro no apenas como se eu fosse tão pouco, como se eu fosse apenas

Eu sou indesejável e desejável ao mesmo tempo

Eu sou qualquer coisa menos qualquer coisa

Amanhece e essa cidade não é mais minha

Amanhece e não estou sozinho submerso sobre mim

Todos estão submerso sobre si

A cidade está submersa sobre ela mesma.

Simplício
Enviado por Simplício em 16/07/2018
Código do texto: T6391969
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