Água e Fogo

O mundo em pânico, água e fogo resolveram se casar, o clube da diversidade logo os apoiaram; fizeram cartazes, ajustaram passeatas pelas cidades, criaram músicas, emblemas, foram para a televisão. Era a maior das inovações, enquanto não saturou os olhares e a mente de cada um, não deu trégua, parecia ser a coisa mais nova, sensação do momento.

Os mais antigos estarreceram-se, acenderam velas, rezaram, fizeram procissões, romarias, promessas, não podiam aceitar tamanho contradição, como ..., pensavam, um exterminará o outro, não restará nem fogo nem água. Aflição tomou conta, fizeram santinhos, esparramaram a quatro cantos do planeta, avisaram seu Vento, dona Terra, Que também muito antigos, logo disseram:

_ Não somos contra nem a favor, mas se unir dois elementos entraremos no meio por alguns minutos, vamos garantir que não acontece nenhuma desgraça. O vento e terra, então, assim decidiram.

Seu vento ainda completou:

_ Começo assoprando devagar, se perceber que vai dar certo paro de assoprar, se perceber que algo está errado assopro até os separar.

Houve tréguas naquele disse não disse, e o mundo parou para assistir tal união, nem príncipe nem princesa, nunca se houve uma união tal, em que até os animais passaram a espreitar. Assim, chegou o dia da grande união, prós e contras todos ali a assistir a junção, o fogo foi chegando todo eufórico, de seu jeito atormentado, com labaredas escaldantes, se posicionou diante ao altar, que logo derretera. Dona Água toda pacienciosa, refrescante e gostosa, dava água na boca de qualquer um que ali a encontrasse; refrescara a todos diante do fogo ardente, foi se aproximando e logo a coisa começou a esquentar, a Água borbulhava, era seu coração acelerado, de paixão ao fogo atordoado. O vento confuso naquela situação entrou a espiar logo viro um tufão, precisou soprar mais forte e ali os três todos se embrulharam; a terra lançou-se toda sobre eles afim de acabar com toda aquela situação, emergiu montanhas e vulcão, foi assim que os três elementos voltaram ao princípio de sua criação, exterminaram toda a plateia, não restou no universo um ser que pudesse comprovar aquela união eloquente, agora os quatro elementos unidos numa lentidão, seguidas de estouros correm em lavas incandescente.

Paulo Sergio Barbosa
Enviado por Paulo Sergio Barbosa em 17/07/2018
Reeditado em 20/07/2018
Código do texto: T6392605
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