Agora a vez do nunca não
não quero mais saber dessa nossa mania de duas faces
nem pretendo me agarrar a uma moral onde deuses castigam
ou oferecem máquinas adornadas que deslizam sobre asfaltos
não pretendo de maneira alguma fazer parte de uma "dádiva"
em que os espíritos são falsamente livres
digo não neste ensejo a toda vírgula e lamentos
um não forte e exclamado
sem interrogatórios e interrogações
não agora a norma culta
nunca as formas de etiqueta ( reticências )
nunca abraçarei o retorno quando for a hora e momento conservador
pretendo ao menos terminar essa cólera
que assim seja
em nome do não necessário
e ponto final