ALFA E ÔMEGA

Já não tenho palavras para dizer do meu tempo.

Tempo história, de cismos, cismas, sem siso.

Siso confuso, de cada qual o certo, quem sabe.

Quem sabe o rumo, o remo, bússola inerte...

Inerte, impotente, cada um faz o seu, é pouco...

É pouco, o possível, ineficaz, incapaz de mudar...

De mudar o ponteiro, indicar um caminho talvez...

Talvez lutar seja isso, querer vencer, sem saber...

Sem saber o final, cenário desigual, seguir destarte...

Destarte o sangue, a ferida, a dor, o choro, o olhar...

O olhar no horizonte, a fé, crer no que não se vê...

Não se vê, mas existe, está lá, em algum lugar...

Algum lugar, em cada um, na mente, na alma,

Na alma que acalenta sonhos, que alimenta,

Alimenta a vida, a lida, o passo, o sentimento...

O sentimento, o fazer, o querer, o sonhar...

O sonhar, necessário, para viver, seguir...

31/07/2018

3ª feira - Inverno

DIANA GONÇALVES
Enviado por DIANA GONÇALVES em 31/07/2018
Código do texto: T6405360
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