PÁSSARO DE FOGO E CAMPO DE GELO

Ele dava vôos rasantes.

Era apenas um ponto vermelho no branco polar.

Mas chegava a derreter um pouco do gelo com o olhar.

Tinha um olhar carregado de dor.

Dor de quem morre de amor.

Pássaro de fogo, madrugada glacial.

O campo se assemelhava a um campo de batalha.

Era uma guerra fria.

Como doía!

O pássaro insistia.

Queria aquecer o mundo com o fogo que trazia.

Mas como?

O gelo era muito maior.

Tudo dominava.

O pássaro não desanimava.

Com coragem ele tentava.

Vencido ele caiu...

Viu se morrendo e ainda sorriu.

Para uma luz que de longe lhe acenava.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 06/09/2007
Reeditado em 25/03/2011
Código do texto: T641018
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