PENSANDO NO AMOR (será possível?)

Da ideia que comigo guardo do que seja então o amor?

Ah, sei lá!

Quem sabe apenas uma lisérgica e doce ilusão do que não conheço

Ou de quem nele, pois criou... e assim acreditou

Ou talvez uma mentirosa brincadeira... entre os que se dizem amantes

Contudo, realmente não sei o que penso

Não sei mesmo!

Pensar no amor!

Ao meu entender seria tão somente distorcê-lo

Ao que não haveria no mundo do saber... maior absurdo

E assim, prefiro não pensar

Será mais sensato (ao que eu acho)

Amo as flores porque as acho belas... e isto, para mim, é tudo

Não vejo razão para saber por que as amo

Pura bobagem!

Quanto tempo perde alguém em querer entender porque ama!

E se existem amantes?

Pode ser!

As prostitutas não amam seus clientes (e isto é fato)

Visto que elas sabem que não são também amadas

Mas somente... usadas

Como elas igualmente os usam

Todavia, fingem amá-los

Pelo que também fingem eles em nelas crerem

Que são por elas amados

Quanta falsidade neste jogo!

Quanta mentira!

E depois da longa ou curta farsa do que se transou

Paga-se, finalmente, pelo programa com cartão de débito

E se despedem dizendo então um para o outro:

Foi bom, não foi?

E em seguida vão embora... juntamente com o amor

Que nem findou... já que nem mesmo começou...

Mas, e seria somente entre estes a não haver então o amor?

Oh, não com certeza!

Ao que su'ausência tanto se vê... entre os que também são casados!

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 10/08/2018
Reeditado em 10/08/2018
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