HERANÇA DE VELHO

Eu, quase velho, meio menino, com medo da verdade, do coração apertado, chorei meu carnavais passados. Tinha a moça chamada Colombina, eu nunca imaginei um amor de Momo, de fato, nunca tive. Hoje quase velho, meio menino, nunca imaginei a dor necessária da despedida, despedir-se de mim mesmo, fazendo textos no de amor, disfarçados de dor, dor do coração. Que eu fique velho, que não morra meu sonho de escritor, ter um verso recitado na voz de um herdeiro do herdeiro que me foi, por obrigação, por mim deixado.