Incitação.

A pressa que eu tenho, e até me admira,

De recolher as palavras outrora perdidas,

Num tempo a passar pelo que se adquira,

Resquícios de obras troncas e retorcidas,

É a pressa de livrar os instantes do medidor,

Do algoz preso na parede num bater infindo,

Viajando no desenlace do devaneio criador,

E sem me dar qualquer atenção vai seguindo,

É a mesma que enterro no meio do arvoredo,

A própria na timidez de buscar nova terra,

O prognóstico alternado no mesmo enredo,

É o segundo eternizado na avareza da guerra,

A pressa é para buscar um sonho esquecido,

Numa candura que se perpetua entre as flores,

De resgatar um doce apego dantes enternecido,

No período em que ninfas despejam seus olores,

A pressa que tenho é para oferecer momentos,

É para manter a vida na minha alma e coração,

Com o realçado dos instantes dos pensamentos,

No branco papel para compor uma dedicação!

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 17/08/2018
Código do texto: T6421451
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