Um dia...
Quando tudo fizer parte do passado,
Onde as tantas lembranças persistirem,
Haverá passos marchando ao meu lado,
Deixando suas pegadas sem existirem,
Seguirei longe, sem granjear abraços,
Sem que os apreciares possam decidir,
Divisar o mundo enrodilhado nos laços,
Com o rocio regado pela lágrima a cair,
Minha alma flutuará nos bosques além,
Resguardada em alguma estrela cadente,
Desprendendo-se no universo também,
A unificar-se lá bem longe novamente,
Esse “futuro” está perto de ser presente,
Acolá onde os apontamentos perdurarão,
Permanecerão vestígios do andar inocente,
Trazendo o sobejo dos resquícios da razão,
Momentos, concepções e tudo que restar,
Na espera que o encontro se repita um dia,
Oportunidades com o que pode encantar,
Para tudo deixar de ser uma mera utopia!