Ela não gosta de poesia

Ela não gosta de poesia, achei a maior graça. Ela aparenta apreciar a simplicidade e adorar fazer propostas, mesmo que entrelinhas. E ela permitiu... Ah, quero te assombrar, sim, invadir seu quarto e para as sombras te levar. Quero o Everest escalar, na presença da sua voz, e vê-la rouca e também sem roupa e por mim, óbvio, desejar. Como fogo e água que sem pena devasta, deixarei por você me levar. Quero sentir sua força enquanto me abraça.

É mulher, é menina, talvez uma sina, uma doce sina... Agora sem cordialidades, quero o frio de seus ossos sentir, no calor da sua boca delirar, em sua escuridão adentrar e da sua impiedade, mais pedir.

Podemos dividir os mesmos fantasmas, uma tarde inteira juntas com eles conversar. E quem sabe da mesma garrafa de whisky compartilhar. Apreciaremos sem moderação, mas por favor, lembre-se, poesias não!

Referência a uma época em que...

Em que havia uma ponte a cruzar.

Uma ponte perigosa e divertida.

Lemos ACR
Enviado por Lemos ACR em 20/08/2018
Reeditado em 15/05/2023
Código do texto: T6424923
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