Sertão...

Sertão seco...

Seco sertão áspero...

Áspero seco sertão pensativo...

O mosaico humano no tempo...

Quebra cabeça das horas secas...

Encaixadas em seus minutos secos...

Detalhes dos toques na janela pelos ventos ásperos...

As sombras nos ventos choram chuvas...

Sertão ponteiro seco...

Quanto o segundo e primeiro minuto grava na esperança...

O movimento na vida raspando lágrimas secas...

Ralando o tempo...

No pó do esquecimento...

Pó que irradia o terreno fértil do pensamento...

Sertão pensamento...

Pensamento sertão vulnerável a saudade...

Que o pó seco do tempo construiu a lembrança...

Em seu deserto seco e áspero...

Ralando a alma em granuladas emoções secas...

E nas palmas da sede semeia o tempo deserto...

Áspero e seco...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 21/08/2018
Código do texto: T6425430
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