Oscilações políticas em relação a cães, gente e gatos...

Observando mais atentamente o assustadoramente crescente aumento do contingente de desocupados, vadios, malandros, espertos e malfeitores morando ou "pululando" e assim infernizando a vida dos "cidadãos comuns" em determinados bairros, ruas e logradouros públicos de Curitiba, mormente nos bairros de populações sobreviventes graças ao sacrifício diuturno como mão de obra braçal ou de humildes funções, logo também ali se notam o acentuado decréscimo da população canina de rua...

Aliás, e foi justamente assim que eu mesmo constatei o quão estes últimos moradores de rua, os cães, são mais amorosos e confiáveis e respeitadores das normas de trânsito e das convenções de convivência social, que todos aqueles seres portadores de duas patas, digo, pernas...

...Quando muitos e muitos e muitos deles - aqui falo dos cães de rua! com seu comportamento sociável, além de abiscoitarem pacificamente bons e apetitosos manjares, acabam por conquistar boas e duráveis amizades, ou até mesmo amorosas familias adotivas, nas ruas e nos terminais de transporte coletivo, onde muitos deles dormem abrigados em bercinhos de pneus reciclados, e até mesmo confortáveis casinhas construídas por anônimos e abençoados corações bondosos.

Aqui, no entanto, caberia uma indagação: Será que o correto ex-prefeito Gustavo Fruet, na sua gestão optou pelo atendimento prioritário aos moradores de rua, em detrimento aos pequenos animais abandonados; ou o "ex-amoroso" prefeito atual, Rafael Grecca, agora praticante dessa novíssima e "estranha" interação social e política, assim decidiu friamente pelo aprisionamento dos pacíficos e obedientes cães, e pela liberação total ( libertinagem ) dos assustadores e crescentes contingentes de desocupados, vadios e malandros de todos os naipes - principalmente nas periferias de Curitiba, esta nossa já saudosa Cidade Sorriso?!...

Quando esses tais se transformaram em verdadeiros e atemorizadores humanóides, agressiva e ostensivamente buscadores da vida e ganhos fáceis, voluntária e irreversivelmente marginalizados; quando afirmam taxativamente aos quatro ventos serem desistentes de quaisquer possíveis esforços pessoais em prol do ganho lícito e sofrido do próprio sustento.

Mesmo assim, que tal seria a prefeitura municipal e as tantas igrejas locais darem-se as mãos e construírem abrigos simples, mas dignos (mesmo que apenas com assoalho, teto, quebra-vento lateral e banheiro químico anexo...), para tratar com mínima consideração humana e proteção esses moradores de rua, nos próprios espaços públicos das imediações desses terminais de transporte, já que os poucos privilegiados que poderiam hospedar-se temporariamente nas atuais raras Casas de Passagem, disso não sei o porquê, delas fogem como o diabo foge da Cruz de Cristo!...

Armeniz Müller.

...O arrazoador poético.