Embriaguez

Vida me coloca em sentidos profanos

Sentirei na pele a revolta dos errantes

Falarei maldizeres em dias ensolarados

Reinarei um reino, de súditos surdos

Gritarei palavras de amor

Partirei para lugares em sentidos sagrados

Irei a pé ao vale da noite estrelada

E meus olhos cegarão no caminho

Não deixarei nem um momento de caminhar

É indo, às vezes retrocedo

“Índio do queixo torcido”

Exalto a beleza das casualidades

Não sei ver, a não ser além

Erro meu, sempre espero

Distraída chego a estações fora da rota

Esses desconhecidos, tão íntimos

Uma vulgaridade – o gato toma banho no sol do amanhecer

Galeano flores
Enviado por Galeano flores em 11/09/2018
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