POEMA AMOR PROIBIDO

POEMA AMOR PROIBIDO

Eu era seminarista e tinha uma namorada freira,

Que dizia que seu amor por mim era eterno.

Porém entre nós existia uma grande barreira

Deus não queria outra eternidade aos pés dele.

E disse-me: se ficas e continuas, irás para o inferno.

Vai embora e do teu peito, este amor repele -

Eu sai e ela ficou para minha decepção.

No meu peito uma dor, que na verdade,

Ficou encravada até hoje no meu coração

Como uma surda batalha no meu peito travo

Só com tempo foi que descobri ser a saudade

Porém não me tornei desta paixão escravo.

Hoje a DEUS sou grato e pela intervenção agradeço.

Guardo ainda o teu sorriso, meigo e angelical,

Tua face, teu rosto, não me lembro, esqueço,

Para tornar menos pesada e penosa a minha cruz

E para não sofrer e levar uma vida normal,

Melhor assim, continuaste noiva de JESUS.

Quão desastrosas seriam as nossas vidas,

Jovens imaturos, se num impulso impensado

Eu ou nós concretizássemos nossas saídas.

Sem um teto, sem um lar, só de amor não se vive,

Seria um ato de dois insano e tresloucado.

Ainda bem, que a idéia de forçar tua saída não tive.

Quem sabe se hoje, não és meu anjo da guarda,

Que me rege, protege-me e guia os meus passos ,

Vivendo sempre, de maneira sutil na minha retaguarda.

Seria eu um mesquinho cruel, descabido e vigarista,

Se seguíssemos em frete essa loucura fadada a fracassos,

Você como freira, pura e castra, namorando um seminarista.

Quem sabe se em outro plano, que não na terra,

Não nos encontremos e o nosso amor se concretize,

Em outro plano de vida, não neste mundo, e em nova era,

Sem você ser freira, apenas santa e angelical criatura,

Talvez o meu sonho, e o seu sonho se realize.

E possamos desfrutar novo amor, nova aventura.

João Pessoa-PB, 16/01/2016 Francisco Solange Fonseca

FSFonseca
Enviado por FSFonseca em 12/09/2018
Código do texto: T6446541
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