SÓ VOCÊ, MINHA FLOR!

Desde que te conheci, as manhãs coloriram nas tardes alvissareiras e meu coração bate em descompasso.

Cada esquina que dobro sinto a tua presença. Cada jardim florido vejo uma pétala que se abre e desabrocha teu sorriso.

Sinto: sede incontrolável de te beber, desejo sublime de compartilhar as cores do meu fascínio, o afago da minha paixão, a ternura do meu viver.

Pela simples possibilidade de cativá-la, tocá-la, senti-la (e quem sabe) amá-la, sem, no entanto acorrentá-la com as amarras da utopia, o martírio da insensatez, ou petulância da vil promessa.

Sigo a andar pelas noites solitárias, desgarrado e chamuscado pelo vício do teu perfume.

Nas paredes nuas do meu quarto, desenho: teu busto palpitante, teu ventre desfolhado, teu corpo de mulher formosa, perfumada. Projeto você só minha, minha flor.

As horas passam. O sono me persegue. Tento em devaneios fugir do sono para não perdê-la, impossível.

Cansado de buscá-la em vão, durmo, abraçado com o meu maravilhoso sonho. Sonho com a minha flor.