Bilhetinho

E foi fazer um bilhete a ela

Sem curvas

Sem enfeites

E talvez, sem cores.

Em linhas retas,

Traços fortes.

Escreveu o necessário,

Porque não podia ser abarrocado,

E que depois de dito,

Não havia como se dizer não-dito.

E foi deixando o papelzinho na mesa dela

Junto às flores.

Da janela vinha um vento frio,

Que dava leveza ao ambiente.

Um vento derrubou o bilhetinho,

No chão.

E ele pareceu estar jogado

thais rey grandizoli
Enviado por thais rey grandizoli em 09/09/2007
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