Bilhetinho
E foi fazer um bilhete a ela
Sem curvas
Sem enfeites
E talvez, sem cores.
Em linhas retas,
Traços fortes.
Escreveu o necessário,
Porque não podia ser abarrocado,
E que depois de dito,
Não havia como se dizer não-dito.
E foi deixando o papelzinho na mesa dela
Junto às flores.
Da janela vinha um vento frio,
Que dava leveza ao ambiente.
Um vento derrubou o bilhetinho,
No chão.
E ele pareceu estar jogado