A MOÇA E O MUNDO

Por um filete de saudade

Vão mores meias metades

Percorrendo o supro avante ao sol

Enquanto escorre da tumba o sumo.

Mirabolantes reinantes

Ódio aos parasitos fixadores

Que nem se emenda com as dores

Passa a hirsuta barba ao pé da serra.

E não hão sem era, nem eira!

Tais peles absorvendo colostro

Desgosto profundo

Não atinando à porta emperrada do mundo, a moça.

Do alto prado donde brota o pascigo

(com salto alto e olor escondido)

Sem bordas, tatos ou ferozes solos

Uma quede visagem dela

E o renascer a embolar a aquarela.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 10/09/2007
Reeditado em 13/05/2008
Código do texto: T646193
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