Falando de Amor

Durante toda a minha existência até aqui, tenho sido uma pessoa quieta, um pouco tímida (com quem não tenho intimidade) e reservada. O medo de me machucar, de ser desvalorizada e traída por alguém em quem confio, sempre esteve presente em minhas aproximações sociais, e esse, tem sido o principal motivo de eu nunca ter aberto o meu coração para ninguém. Eu costumo pensar que não tenho uma porta, mas sim uma parede de pedra e toda concretada em volta dele.

Embora sofra de vez em quando com paixões e amores platônicos, não me permito ser amada (espero que um dia isso mude).

Mesmo ficando um pouco constrangida quando me perguntam sobre namoro, não tenho vergonha ao responder que sou solteira. Algumas pessoas se espantam ao descobrirem que nunca namorei. Pra falar a verdade, ainda não tenho interesse em tal compromisso.

Provavelmente, eu só não tenha encontrado a pessoa certa ainda, ou, eu me sou o suficiente. Sei lá, é meio complicado entender as coisas da alma. As possibilidades sentimentais estão aprisionadas num gigantesco labirinto sem fim.

Diante de tantas confusões e paradigmas aqui, do lado de dentro, estou quase convicta de que, talvez, seja melhor eu continuar apenas escrevendo sobre o amor enquanto o sinto e deixo fluir apenas na minha imaginação. Melhor deixá-lo lá, protegido e livre a sua própria maneira de ser. Deus me livre correr o risco de deixar o mundo o ferir. O pobrezinho não iria resistir...

Gabi Alves
Enviado por Gabi Alves em 20/10/2018
Reeditado em 20/10/2018
Código do texto: T6481400
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