Cria de Saturno

Ai de ti, pobre menina sonhadora! Que vive sofrendo por amores imaginários e enlouquecendo por meras paixões platônicas.

Sinto tanta pena de você, minha pequenina lagarta ingênua. Tens um longo caminho até encontrar o teu grande, intenso e verdadeiro amor. Espero que não demore tanto. Mesmo se esforçando para não demonstrar, o teu coração é puro demais para ser pisoteado. Cada pessoa que te conquista e se afasta, leva um pouquinho da tua carente personalidade transparente.

Minha pequena menina presa num corpo de mulher! Cuido-te sem reclamar.

És o meu lírio protegido; a minha pétala delicada de rosa branca; a minha fértil semente de girassol; o meu fragmento de estrela cadente; minha cria de Saturno! descendente do luar... A primeira gota de orvalho umedecendo a doçura de uma jovem plantinha que resplandece para a vida.

Espero que nunca se esqueça que sempre estarei aqui para o que precisar, minha preciosa pedra da lua. Sou a voz falante em tua cabeça, a guardiã da tua instável sanidade emotiva.

Gabi Alves
Enviado por Gabi Alves em 23/10/2018
Reeditado em 24/10/2018
Código do texto: T6484585
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