Conceitos.
Eu sei, já estou ciente de que não sou poeta,
Só me deixo valer pela modesta inspiração,
Escrevo sobre saudades de forma discreta,
Seguindo a clamor que abrolha no coração,
Sou um acolherador de letras por costume,
Sem nunca usar máscaras cobrindo o rosto,
Sempre perto o aceitável para sentir o lume,
Que chega em seguida do sol já estar posto,
Não sou poeta, esses com graça e sabedoria,
Em verdade, dentre os eventos, sou um nada,
Descrevo apenas o que me surge por alegoria,
Com letras dirigidas na sensatez programada,
Somente um vate que vê o mundo encantado,
Desdobrando os alentos inaudíveis da ilusão,
Com rimas e versos que foram postas de lado,
Num tempo sem rumo e nenhuma percepção,
Um bardo levado pelo próprio conhecimento,
Que emprega as palavras como se fossem guias,
Achegando-me antes de um novo pensamento,
Para divulgar um tanto das estranhas fantasias!