Conceitos.

Eu sei, já estou ciente de que não sou poeta,

Só me deixo valer pela modesta inspiração,

Escrevo sobre saudades de forma discreta,

Seguindo a clamor que abrolha no coração,

Sou um acolherador de letras por costume,

Sem nunca usar máscaras cobrindo o rosto,

Sempre perto o aceitável para sentir o lume,

Que chega em seguida do sol já estar posto,

Não sou poeta, esses com graça e sabedoria,

Em verdade, dentre os eventos, sou um nada,

Descrevo apenas o que me surge por alegoria,

Com letras dirigidas na sensatez programada,

Somente um vate que vê o mundo encantado,

Desdobrando os alentos inaudíveis da ilusão,

Com rimas e versos que foram postas de lado,

Num tempo sem rumo e nenhuma percepção,

Um bardo levado pelo próprio conhecimento,

Que emprega as palavras como se fossem guias,

Achegando-me antes de um novo pensamento,

Para divulgar um tanto das estranhas fantasias!

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 30/10/2018
Código do texto: T6490527
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