Progênie (s).
É interessante este ambicionar saber de mim,
Nestas criações de um querer intermediário,
Num lusco-fusco que está na espera do fim,
Ou numa manhã, independente de horário,
Ao apresentar-me não preciso de documento,
Nem asseverações que não sou de todo ruim,
Sustento-me com a força que vem de dentro,
Engalano-me com flores colhidas no jardim,
Dulcifico os bloqueios com o mel mais doce,
Divulgando a mensagem em condição clara,
Na revelação de ser e declarar do que fosse,
A ressalvar na mente uma concentração rara,
Sou apenas um com princípio ao tratamento,
Somente um disseminador de novas quimeras,
Um alguém que espalha a razão do sentimento,
O aglutinador de bens surgidos em outras eras,
O fulano que nunca nega o ombro e o coração,
O mesmo que em cada momento o amor instiga,
Que também carece cuidados e busca o perdão,
O tal que estende, a quem quiser, a mão amiga!