DE REPENTE

De repente,

Sinto raiva de mim

Se beijo outra boca,

Se abraço outro corpo,

Se sou desejado,

Se sou amado.

Só quero você.

De repente,

A minha vida é sem graça

Tão devagar, não passa.

E nesse vagar,

Deixo as pegadas dos meus sapatos,

Em ruas vazias.

Porém, me perco no caminho

Vazio de você.

E numa esquina sombria

Páro, fico, espero você.

Tenho pressa de te encontrar

Então...

De repente,

Você aparece

Hálito doce,

Corpo ardente,

Presença marcante.

E minha vida enfim,

Se enche de graça.

Pois encontrando você

Eu me acho,

Me compreendo.

E só continuo vivendo

Porque você existe.

Eduardo Lemos
Enviado por Eduardo Lemos em 12/09/2007
Reeditado em 12/09/2007
Código do texto: T649740