Florir em vulva

Abro os olhos, difícil como se nunca o tivesse feito

Recebo o alimento que vem de teus lábios

Seiva que me salva

Repousa em mim o fruto da força

Levanto em meio ao caos que é estar fora de teu ventre

Dentro do grande Ventre que me cerca e se faz maior em mim.

Vulvas florescentes e incandescentes.

Faz presente o acalento no Ser

Agora sedento.

Fizeste-me firme em minhas garras

Forte o peito, preenchido do Elemento Vida

Feito o fato de um olfato, que me chama para A Grande Descoberta

Já em ato

Ouvidos, vivos como nunca antes

Lembram-me os sons dos sinais

De meus ancestrais

Amigos reais

Amores leais.

Michela Buck
Enviado por Michela Buck em 12/11/2018
Reeditado em 23/10/2022
Código do texto: T6500997
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