Amor

Por menores que sejam os detalhes

Não passam despercebidos

Ao olhos do poeta.

Esse que tantos falam

Outros tantos indagam

Sua existência

É maestro do tempo

Em toda a vida.

Não falarei mais sobre ele

Que é superior

Ao tamanho em que me encontro

E do qual nunca terei

Chegado a estatura

De quem dita liberdade

E é rei soberano.

Quem esta no meio

Antes e depois das palavras entonadas dos cantores da noite.

Quem esta sobre no colo

Onde alguém repousou seu corpo.

Quem é agora suspirando pelo ontem e dando pequenos passos para o futuro que é radiante.

Quem guarda

Quem cuida

Quem parece cruel

Tantas vezes.

Quem vem acompanhado

De bom dia.

De sorriso e ousadia.

Quem aquece

Quem não entristece.

Mas quem muitos não sabem manusear.

Nem sempre se manuseia

Em tantas vezes apenas sente como brisa que apaziguar.

Se sente como vento forte arrebatador

Que leva para o que parece outra dimensão

Mas que não é.

É apenas o lugar onde poucos se permitem estar.

Entregue, volátil, des e conectado ao que não da pra ver com os olhos voltados a superfície.

Lugar intransferível e comodo que vai onde o amor estar presente.

Esse que é soberano e que não cabe em milhares de palavras ditadas.

Esse que inspira o abraço, o laço, o encontro e a doação.

Esse que mesmo pelo contrario e visto como convém é o que move o mundo.

Indestrutível e destruído pelo ego.