Papai Noel.

Papai Noel.

OHHH...Papai Noel! Porque pelos longos dos anos nunca me visitaste? Meus sonhos tornaram em frus trações.

OHHH...velhinho de barbas longas, porque nunca me visitaste? Quando criança sonhava com as renas e seu lendário trenó. OHHH... bom velhinho, por mais que te esperaste,

Sempre me deixaste só. As desculpas eram as mesmas, as chaminés eram estreitas, e na minha casa nunca conseguiu adentrar. Colocava meu sapatinho na taipa do velho fogão

na esperança de meu presente ganhar Meus pais sempre diziam: Você ficou sem presente porque o bom velhinho não conseguiu pela chaminé adentrar. Todos os anos diziam que a chaminé iria

se modificar. Não entendia mas notava que meus amiguinhos, com as chaminés estreitas, dos seus presentes vinham a desfrutar. Minhas tristezas eram grandes, por nunca um presente ganhar.

Meus pais sempre diziam: No próximo ano seu presente ele vai trazer, pois a chaminé irei aumentar. No outro ano mudei o sapatinho de lugar pois a chaminé de minha casa meus pais não conseguiram

aumentar. Deixei na porta da cozinha, esperançoso meu presentinho ganhar mas só vi uma cartinha dizendo: tentei deixar teu presente, mas não consegui

pela chaminé adentrar.

Os anos passaram, as frustações aumentaram, porque nunca consegui um presente ganhar.

Muitos anos depois descobri, porque o Papai Noel com suas renas e trenós cortando o céu

cor de anil, nunca ninguém o viu em minha casa passar. Meus

pais nunca conseguiram arrumar a chaminé do velho fogão para que

o bom velhinho viesse o meu presente deixar. Minha frustração era grande, vendo meus ami-

guinhos com os presentes a brincar. Prometi a mim mesmo

que quando crescesse e visse uma chaminé estreita iria arrumar.Os tempos passaram, o Papai Noel se sofisticou e seu velho trenó aposentou. Hoje vem pelos ares

em voos particulares e suas renas descansaram e o velho trenó aposentou. Papai Noel sofisticou, e eu que esperei pela

chaminé, nunca ganhei, e

muitos também não ganhou. Não sei em quem acredito! No Bom Velhinho? Mas alguém sempre

por melhor que fossem as intenções, sempre me enganou. Até hoje espero meu presentinho que não sei se ainda existe

ou já

se acabou...

Alfredo Lopes Brochado.

Lopes Alfredo
Enviado por Lopes Alfredo em 20/11/2018
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