Paredes que choram
‘’Paredes que choram’’
Viagem longa... Duração interminável. Lindas paisagens, ventos gélidos como se a reclamar. Imensa construção!
Habitada? Não! Mas já foi um dia. Moradores pagaram um alto preço por ali morar. Construção imponente tornando se prepotente.
Mas ponho
me a visitar. Paredes frias que choram, paredes que sentem dor. De repente um imenso pavor. Corro dali, mas os fortes ventos me pedem para voltar.
Era como se tivessem algo a me declarar. Me empurram por corredores frios. Meu corpo tem calafrios... As paredes usam dos uivos dos ventos para seus lamentos gritar.
Crianças, jovens e velhos todos se punham a falar. Gemidos inefáveis, faziam o meu corpo arrepiar. Novamente corro dali... Mas o vento inteligente veio a porta fechar.
Era como me implorasse,
e algum segredo iria me mostrar. Entendo o que está aconte cendo? Sim e não! Tenho dúvidas? Sim! Preciso ver o que os murmúrios dos ventos quer me mostrar.
No final do imenso corredor, uma pequena sala, onde os ventos se calaram e através de uma leve brisa me mostraram, estampada na velha parede a pintura de uma velha Suástica. Símbolo de imensa dor. E todo segredo veio a revelar.
Alfredo Lopes Brochado.